O primeiro bimestre do ano manteve a tendência negativa apresentada nos demais balanços de desempenho da indústria produtora de implementos rodoviários, em queda desde 2015. Nos dois primeiros meses de 2017 foram emplacados 6.619 implementos rodoviários, ante 9.513 do mesmo período do ano passado. A retração no período foi de 30,42%.
No entanto, a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) acredita que os primeiros sinais de recuperação poderão surgir logo após abril. “O transporte da safra brasileira de grãos deverá trazer algum alento à indústria”, acredita Alcides Braga, presidente da Anfir. Nesse caso, segundo Braga, os efeitos positivos seriam sentidos, mesmo que timidamente, no segmento de reboques e semirreboques. “O setor de carroceria sobre chassis poderá se beneficiar a partir de julho se houver a esperada retomada da atividade econômica também nos centros urbanos”, avalia.
A Anfir estima que o setor fabricante de implementos rodoviários poderá fechar o ano com desempenho positivo de aproximadamente 10%. “Há uma longa lista de investimentos públicos e privados que tem sido divulgada desde janeiro e que poderá também trazer efeitos positivos para o setor”, informa Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir. “A soma de todos os empreendimentos poderá resultar em um efeito favorável, mesmo que lento”, afirma Rinaldi.
O segmento de pesados (reboques e semirreboques) declinou 22,49% no primeiro bimestre de 2017 com relação ao mesmo período do ano passado. Em números foram emplacadas 2.753 unidades, comparadas com 3.552 produtos no mesmo exercício de 2016. No setor de leves (carroceria sobre chassis) foram entregues ao mercado 3.866 produtos no primeiro bimestre do ano, ante 5.961 no mesmo período de 2016, o que representa queda de 35,15%.
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