29 de março de 2024

Com operação ampliada, Two Flex prepara seus pilotos com novo simulador de voo

Two Flex adquire simulador de voo

Após receber autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – oficialmente publicada no dia 25 de janeiro – para atuar com transporte aéreo regular de passageiros em todo o país (Operação Complementar), a empresa de táxi aéreo Two Flex optou pela aquisição de um simulador de voo para dar treinamento a seus 64 profissionais, entre comandantes e copilotos, além de outros 20 colaboradores que a companhia planeja contratar.

 

 

O equipamento foi adquirido da fabricante americana Redbird, do Texas, possui a certificação concedida pela FAA (Federal Aviation Administration) e é o primeiro no setor de táxi aéreo e aviação regional do país, com modelo específico para a aeronave turboélice Cessna Caravan, o mesmo das 18 aeronaves que compõem a frota da companhia (Cessna Gran Caravan C208B, com capacidade para até nove passageiros). No mundo, há aproximadamente nove desses simuladores em operação. A Two Flex instalou o equipamento em sua base no aeroporto de Jundiaí (SP).

 

Segundo Rui Aquino, presidente da Two Flex, até a classificação de operação da empresa não existe obrigatoriedade de dar treinamento à tripulação com um simulador, mas foi uma decisão espontânea dos acionistas de investir na melhoria da segurança diante do maior número de voos que a empresa passa a fazer. “Nossos pilotos serão diferenciados”, assinala. O equipamento, que demandou investimento de cerca de R$ 1 milhão, permite replicar a operação de voo em sua totalidade, simulando diversas condições, ocorrências e imprevistos que podem ser registrados em um voo real.

Atualmente, a companhia opera em 18 municípios, o que representa perto de 10% das cerca de 150 a 200 cidades com potencial de atendimento para esse tamanho de avião. “Pretendemos atender de 50 a 60% delas”, prevê o executivo.

A Two Flex recebeu contrato de concessão por dez anos para operar transporte de passageiros e de carga em qualquer localidade do país, sem restrição.

Ele menciona que o sucesso do novo âmbito de atuação da empresa passa pela concretização de contratos de operação complementar com grandes companhias aéreas que permitirão à Two Flex operar como alimentadora (feeder), fazendo o trecho entre aeroportos menores até os grandes aeroportos. “As grandes companhias têm um poder de venda que eu não tenho, nosso sucesso passa por essa parceria. Já estamos em tratativas e estou esperando as empresas se manifestarem” declara Aquino.

Há cerca de um ano e meio a Two Flex opera nas rotas do Voe Minas Gerais, Programa de Integração Regional – Modal Aéreo, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). “O Voe Minas foi a raiz de tudo”, diz Aquino, destacando que esse programa se tornou uma referência na aviação regional porque viabilizou à população de municípios distantes do estado, onde não havia acesso à aviação comercial, viajar para a capital e outras localidades.

De acordo com Aquino, a Two Flex planeja adquirir outras cinco aeronaves Grand Caravan ainda no primeiro semestre deste ano, com investimentos de R$ 20 milhões.

Perto de 80% da receita da empresa em 2017 veio do transporte de cargas, principalmente autopeças, serviços para laboratórios e numerários (transporte de dinheiro). Foram transportadas mais de 5 mil toneladas no ano passado, resultado 24% maior que o registrado em 2016, com um faturamento em torno de R$ 65 milhões em 2017. O crescimento foi atribuído ao aumento do volume de gerenciamento de cargas. A expectativa para 2018 é atingir um faturamento de R$ 80 milhões.

Sobre a possibilidade de locar o simulador de voo para treinamento de profissionais de outras empresas, Aquino acredita que nos próximos dois ou três anos o equipamento está totalmente ocupado pela demanda interna da Two Flex porque, além dos cursos iniciais, a empresa fará atualizações e reciclagens com os profissionais, de tempos em tempos.

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