20 de novembro de 2024

CEO da Volvo diz que nova geração de motores diesel pode ser a última

motores diesel

Nova geração de motores diesel da Volvo Cars poderia ser sua última porque o custo de reduzir as emissões de óxido de nitrogênio está se tornando muito caro, disse o CEO da empresa, Hakan Samuelsson, em uma entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

“Da perspectiva de hoje, não iremos mais desenvolver qualquer motor de geração a diesel”, disse Samuelsson.

Na entrevista, Samuelsson afirma que a Volvo continuará a melhorar a gama atual, introduzida pela primeira vez em 2013, para atender às futuras normas de emissões, com a produção provavelmente ocorrendo até 2023.

“Acabamos de lançar uma nova geração de motores a gasolina e diesel, destacando o nosso compromisso com esta tecnologia, pelo que não é necessária uma decisão sobre o desenvolvimento de uma nova geração de motores diesel”, afirmou.

Segundo o executivo, até 2020 o diesel será necessário para ajudar a cumprir os limites de emissão de dióxido de carbono estabelecidos pela União Europeia. Porém, as regras de emissões ficarão mais apertadas, empurrando os preços de carros movidos à diesel para cima, ao ponto de transformarem os híbridos e os elétricos em alternativas mais atraentes.

A Volvo vai investir em carros elétricos e híbridos, com seu primeiro modelo 100% elétrico chegando ao mercado em 2019. Os suecos tem um produto de primeira classe em mente.

Hakan Samuelsson

 

“Temos de reconhecer que a Tesla conseguiu oferecer um carro para o qual as pessoas estão se alinhando, nesta área também deve haver espaço para nós, com alta qualidade e design atraente”, disse Samuelsson.

 

Os carros a diesel representam mais de 50% de todos os novos registros na Europa, tornando a região de longe o maior mercado de diesel do mundo. A Volvo, de propriedade da chinesa Geely, vende 90% de seu XC 90 SUVs na Europa com motores diesel.

O escândalo sobre a fraude da Volkwagen em testes ambientais dos EUA para mascarar as emissões de óxidos de nitrogênio, que podem causar ou agravar a doença respiratória, significa que os fabricantes estão enfrentando um intenso escrutínio sobre o verdadeiro nível de poluentes emitidos por seus carros.

 

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