Stella Li, vice-presidente do grupo BYD, Jonas Donizete, prefeito de Campinas e Tyler Li, presidente da BYD Energy do Brasil, assinam memorando de entendimentos para criação de 300 empregos na cidade.
A BYD Energy do Brasil, divisão de energia limpa da gigante de tecnologia BYD, a maior fabricante de baterias e veículos elétricos do mundo, anunciou recentemente um acordo de cooperação com a Secretaria do Trabalho da Prefeitura de Campinas, interior de São Paulo, para a criação de trezentos postos de trabalho em sua nova fábrica de painéis solares no município. A instalação da primeira linha de produção de módulos solares fotovoltaicos, no mesmo complexo industrial da linha de produção de chassis de ônibus elétricos já em operação, foi anunciada durante a visita do Primeiro Ministro chinês, Li Keqiang, em ocasião da sua visita ao Brasil em maio de 2015, e agora entra na fase final de operação.
Com um investimento inicial de R$ 150 milhões, a primeira fase da nova fábrica será inaugurada no primeiro bimestre de 2017, com capacidade inicial de produção de 200 MW ao ano. Outras expansões podem ocorrer se o governo melhorar a competitividade fiscal para os painéis solares fotovoltaicos a serem produzidos no Brasil. Atualmente, importar ou comprar insumos para a fabricação dos painéis solares no Brasil tem uma carga tributária quase duas vezes superior se comparados aos painéis solares prontos importados, segundo cálculos da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). “Precisamos dar aos painéis solares produzidos no Brasil os mesmos benefícios tributários que já são concedidos aos produtos importados, uma vez que a fabricação local gera empregos e impostos no país” argumenta o diretor de Marketing, sustentabilidade e novos negócios da BYD do Brasil, Adalberto Maluf.
O governo incentivou o mercado solar com os leilões de energia, mas a indústria local vem perdendo a oportunidade de fornecer esses painéis com fabricação local. “O governo precisa resolver os gargalos da tributação de PIS, Cofins e ICMS sobre os insumos para a fabricação local. Atualmente os painéis solares importados tem isenção desses tributos, já quando importamos ou compramos localmente insumos para a fabricação local, pagamos esses impostos que não podem ser repassados aos geradores de energia” destaca Adalberto Maluf.
Atualmente, os painéis produzidos no Brasil pagam mais impostos do que os Importados se comparados os impostos para a produção, e ainda pagam mais impostos na venda do produto final, dificultando a expansão desse importante setor no Brasil. Entretanto, mesmo com essas dificuldades tributárias, houve um rápido crescimento da geração de energia solar no Brasil, que criou um cenário propício para a produção dos mesmos no país, uma vez que alguns ganhadores dos leilões de energia centralizado e alguns geradores de energia solar distribuída preferem o financiamento do BNDES para seus projetos para não ficar expostos ao risco cambial.
A primeira planta da BYD Energy será uma plataforma de desenvolvimento sustentável da empresa para a América do Sul, e também contribuirá para a criação de empregos, fortalecimento e adensamento dessa nova cadeia produtiva no Brasil. Nessa primeira fase serão produzidos módulos solares fotovoltaicos Double Glass, ou painéis de silício puro vidro duplo, uma tecnologia inovadora que garante maior vida útil (40 anos), menor degradação (0,3% ano em comparação aos módulos convencionais 0,6%) e consequentemente mais geração de energia na vida útil dos painéis solares, entre outras vantagens para instalação, transporte e armazenamento, e redução de custos com cabos e inversores
A empresa – A BYD tem atuado em defesa da energia solar, considerado o primeiro dos seus “Três Sonhos Verdes”, dos quais o segundo é o armazenamento eficiente de energia e o terceiro da mobilidade elétrica. A produção dos painéis solares no Brasil é mais um passo para a concretização desses sonhos no país. “Com a fabricação de painéis solares no Brasil, acreditamos que iremos ajudar a consolidação dos nossos principais sonhos com empresa, a energia solar renovável e a mobilidade elétrica.
Agora será possível produzir energia solar para abastecer os carros e ônibus elétricos usados no transporte público pelo Brasil, assim como já fazemos na Europa, EUA e China” destacou o presidente da BYD Energy do Brasil, Tyler Li.
A BYD é a maior produtora mundial de baterias recarregáveis, e sua busca pelo desenvolvimento de tecnologias de armazenamento energético mais seguras e amigáveis ao meio ambiente levaram à criação de sua própria tecnologia da bateria de fosfato de ferro – uma bateria à prova de fogo e explosões, ciclos e vida útil prolongados e totalmente reciclável – que serve como base da plataforma de energia limpa da empresa, estendendo-se à eletrificação de todas as formas de transporte terrestre e soluções em armazenamento energético. A BYD e seus acionistas – entre eles o notável investidor americano Warren Buffett – veem o desenvolvimento sustentável através do avanço tecnológico como o único caminho para o futuro.
Com seus esforços, perseverança, responsabilidade social e ambiental, além de grandes realizações em sustentabilidade, a BYD foi agraciada com amplo reconhecimento mundial. O ano de 2015 foi um ano muito especial para a empresa em termos de realizações: cinco anos após sua introdução, as soluções BYD em transporte público eletrificado – com seus ônibus, taxis e caminhões 100% elétricos hoje operando em mais de 200 cidades pelo mundo – já acumularam uma milhagem astronômica de centenas de milhões de quilômetros, representando cortes colossais no uso de combustíveis fósseis e evitando a emissão de milhões de toneladas de carbono na atmosfera.
A BYD também terminou o ano de 2015 como a maior fabricante de veículos elétricos e híbridos do planeta. Em 2016, a empresa ganhou o aclamado prêmio Zayed Future Energy na categoria Grandes Corporações, por sua sólida contribuição para o Desenvolvimento sustentável no setor energético. No Brasil, a BYD do Brasil abriu as portas de sua primeira linha de montagem de chassis de ônibus elétricos no início de 2016 e já entregou seus primeiros veículos elétricos para os sistemas de ônibus do transporte público, para táxis e projetos de carros elétricos compartilhados pelo Brasil.
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